domingo, 13 de março de 2016

Método e Eficiência nos Estudos Anotações do texto POZZEBON, Paulo Moacir (Org.). "Ai que Preguiça!" - Sugestões para Estudar Melhor. In: ______. Mínima Metodológica. Campinas: Alínea, 2004.cap.3, p.19 -41.



Método e Eficiência nos Estudos
 Anotações do  texto POZZEBON, Paulo Moacir (Org.). "Ai que Preguiça!" - Sugestões para Estudar Melhor. In: ______. Mínima Metodológica.  Campinas: Alínea, 2004.cap.3, p.19 -41.



Prof. Antônio Eustáquio de Moura
UNEMAT/ Campus de Cáceres
Março 2006
Anotações de aula –   circulação restrita as/aos alunas/os do Prof. Antônio Moura,
Curso de Pedagogia/UNEMAT, Campus Jane Vanini, Cáceres


Pergunta inicial, qual o procedimento que você, habitualmente, utiliza para estudar?
Local, horário,. Duração, freqüência, disciplinas que mais estuda e as que menos estuda, estratégias iniciais para começar a estudar?

Após esta discussão reveja seus procedimentos e verificando o que pode ser mantido, abandonado  ou modificado.

Estudar, de acordo com Paulo Pozzebon,  “[...] é empreender um trabalho intelectual sistemático, voltado, em primeiro lugar, para a aquisição de informações e para a construção de conhecimentos [...]” (2004, p.35).
Para ele apropriar-se de umas informação significaria:
-          Analisar o seu conteúdo
-          Compreender o seu significado
-          Procurar meios de verificar a sua veracidade
-          Relacioná-la com conhecimentos anteriores
-.    Memorizá-la   (2004, p.35 –36)
De modo que estudar não é uma atitude passiva de absorver informações. Estudar um texto significa lê-lo, compreendê-lo, mas também questioná-lo e refletir sobre o seu conteúdo (2004, p.36)

O Estudo no curso superior


- Diferenças entre o curso superior e os cursos de primeiro e segundo graus.
Heterogeneidade das turmas
Disciplina e liberdade
Grau de maturidade das turmas
Acompanhamento dos professores
Relação com o futuro profissional

-A liberdade existente na universidade pode provocar uma sensação de descompromisso de despreocupação em parcela dos estudantes
 Presença nas aulas (faltas, saídas)
Não realização de leituras e atividades
Não participação nos trabalhos em grupos
Não participação nas palestras, debates, seminários
Desatenção e não participação nas aulas
Deixar o estudo para as vésperas das provas

- Estudantes na universidade
            responsabilidade em suas decisões
            consciência da relação do estudo com o sucesso profissional
            autodisciplina
            maturidade
            obtenção e uso eficiente do tempo
            eficiência nos estudos

Para Severino, o ensino superior coloca novas exigências para o estudante, sendo necessário assumir prontamente essa nova situação e tomar medidas apropriadas para enfrentá-la .   De forma que suas posturas de estudo devem mudar radicalmente:
            Ter uma postura de auto-atividades didáticas
            Dominar e usar os instrumento de trabalho [de estudo]  que devem ficar ao alcance    
             de suas mãos  (1993, p.21-22)
            Usar eficientemente o tempo de estudo

-          Estudo
-          Aulas
-          Atividades individuais
Atividades em grupo
Seminários, congressos, palestras
Atividades de campo e laboratório

Rendimento nos estudos
            Aspectos pessoais
            Aspectos psicológicos
            Aspectos ambientais
            Aspectos sócio-economicos
            Método de estudo

Duas pessoas com mesmo nível cultural, e mesmo grau de escolaridade podem apresentar rendimentos nos estudos diferentes dependendo do método de estudo que utilizam

Método é diferente de técnica
Método significa estratégia geral  (exemplo – time defensivo ou ofensivo)
Técnica significa tática (exemplo – utilizar 5 atacantes, uso de libero)

Papel da motivação
Mentalidade aberta, critica e arejada

A Questão do tempo para estudar

Não é possível cursar universidade sem estudar
Estudo requer tempo

Como conseguir tempo para estudar
            Atividades essenciais, atividades acessórias
            Utilizar o tempo de algumas atividades acessórias
            Utilizar brechas entre atividades essenciais

Manter atividades de descanso, desconcentrarão, vida familiar, vida social, vida afetiva.
Descansar, dormir bem é importante para o rendimento nos estudos

Programação do tempo de estudo
            Intercalar períodos de estudo com descanso
            Tempo ideal de estudo (varia com as pessoas e tipo de conteúdo estudado)
            Evitar exageros (“virada de noite”, uso de estimulantes e drogas)
            Estudo exige concentração e reflexão
            Atividade diária
            Concentração no estudo é obtida com treinamento e costume
            A perseverança
            A persistência (seguir a programação de estudo, não desaminar)
            O habito

Exemplos do uso do tempo
30 minutos pôr dia  ->  3,5 horas semanais  -> 14 horas mensais
Uso de textos sublinhados, de apontamentos

As aulas

As aulas constituem o tempo mais precioso que conta o estudante
4,0 horas dia -> 20 horas semanais -> 80 horas mensais

Preconceitos em relação a disciplina, ao conteúdo, ao professor, linhas teóricas
Cuidado com os outros ( que já sabem, despreocupados)
Relação professor X estudante
Silêncio interior  (concentração, acompanhamento)
Silêncio exterior (participação, tirar dúvidas)
Respeito aos colegas
Apontamentos
Preparo prévio (fazer as leituras previstas)
Participação, tirar duvidas
Revisão das aulas
Revisões periódicas (globalizadoras)


Estudo individual

Programa  e estudo (planejamento)
Matérias que gosta e que não gosta (ver qual vai estudar primeiro)
Bibliografia da disciplina
Interesse pessoal, motivação

Outras atividades

Programa de iniciação Cientifica
            Bolsista
            Colaborador

Seminários, semanas cientificas, congressos e Encontros científicos

Atividades culturais e lúdicas

Trabalho em grupo
Convívio com os colegas
            Troca de idéias
            Respeito as diferenças

Uso  eficiente dos instrumentos de estudo [no texto Severino chama de instrumento de trabalho]

Papel dos instrumentos de estudo na preparação do estudante (embasamento teórico, complementaridade as aulas e demais atividades). [o embasamento teórico, é dado pelos estudos, é uma das condições básicas para se exercer conscientemente a profissão]

Instrumentos de estudo

            Textos básicos (manuais, fotocopias de textos, apostilhas)
                        [cuidado com as limitações causadas pelo uso de um texto único]
Dicionário comum e especializados
            Textos especializados 
revistas especializadas da área
revistas especializadas das áreas complementares
            caderno de anotações ( das aulas, debates, seminários, conferencias)
            fichas de documentação ( apontamentos escritos em fichas ou em outros lugares)
           

observações
- Dicionário comum e especializados, atualmente podem ser substituídos parcialmente pela Internet
- o caderno de anotações e as fichas de documentação podem serem substituídos pelo notebook

Papel da Biblioteca pessoal
Papel das bibliotecas publicas e universitárias
Papel da Internet

A bibliografia básica e complementar dos Planos de Ensino


Método Prático de Estudo Individual (GALLIANO, 1986, p.65 – 68)

Método proposto por Clifford Morgan e James Deese, para melhorar o rendimento nos estudos, nos estudantes com baixo rendimento ou que desejam melhorar o rendimento nos estudos.

Survey – Q 3R

Que em Português tem a seguinte configuração.

Examinar  - PL 2R
[estudar]
P – perguntar
L – ler
2 R – repetir a leitura; rever o que leu

-          Seqüência do Estudo Individual

1 – Antes de ler o texto, fazer as seguintes perguntas: [se for um texto longo, definir o trecho a ser lido]
            De que trata o texto
            O que já sei sobre o assunto do texto

[ Isto faz um “aquecimento inicial” que aumenta a concentração e o interesse na leitura]

2 – Leitura rápida do texto, procurando captar a idéia geral ou o plano da obra
[ o mesmo que a primeira leitura proposto pela Leitura de Estudo]

De posse  da ideia geral, procurar estabelecer uma relação entre o que acabou de ler e o que sabe sobre o assunto.
Reunir informações sobre o autor [e sua obra caso veja a necessidade]

3 –  (primeiro “R”) Repetir a leitura do texto    [Segunda leitura na proposta de Leitura de Estudo]
Faça uma leitura reflexiva [e minuciosa]
Atenção voltada  para os trechos que considera importante e que destacam o pensamento do autor; os detalhes mais significativos; os elementos utilizados pelo autor para desenvolver  suas considerações e sua exposição do texto
Assinale os pontos importantes do texto [sublinhamento]
Se surgirem duvidas de compreensão do texto [palavras e fatos desconhecidos] consulte dicionários, enciclopédias [e Internet]
Refletir sobre os pontos de vista do autor{suas idéias} e os seus
Se o texto for interessante [necessário para seus estudos e objetivos] faça apontamentos [lembre-se das limitações da memória]
Se o texto for longo e a sua leitura for de trecho a trecho do mesmo, faça os mesmos encaminhamentos para a leitura dos demais trechos.
A medida que fizer a leitura dos demais trechos do texto, relacione os mesmos entre si .

4 – [segundo “R”) Rever o que se leu.
De pois de Ter lido e feito o apontamento de todo o texto, reveja suas anotações confrontando-as com o texto lido
Repita, se possível em voz alta, o que aprendeu na leitura [conteúdo mais importante do texto], valendo-se do plano da obra e de seus apontamentos
Comente e discuta o que leu com outras pessoas que também leram o texto.


Bibliografia


GALLIANO, A Guilherme. O método Cientifico: Teoria e Prática.. São Paulo : Harbra, 1986.

POZZEBON, Paulo Moacir (Org.). Mínima Metodológica.  Campinas: Alínea, 2004.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico.  19. ed. São Paulo: Cortez, 1993.