Método e Eficiência nos Estudos
Anotações do texto POZZEBON, Paulo Moacir (Org.). "Ai que Preguiça!" - Sugestões para Estudar Melhor. In: ______. Mínima Metodológica. Campinas: Alínea, 2004.cap.3, p.19 -41.
Prof. Antônio Eustáquio de Moura
UNEMAT/ Campus de Cáceres
Março 2006
Anotações de aula – circulação restrita as/aos alunas/os do
Prof. Antônio Moura,
Curso de Pedagogia/UNEMAT, Campus
Jane Vanini, Cáceres
Pergunta inicial, qual o procedimento que você, habitualmente,
utiliza para estudar?
Local, horário,. Duração, freqüência, disciplinas que mais
estuda e as que menos estuda, estratégias iniciais para começar a estudar?
Após esta discussão reveja seus
procedimentos e verificando o que pode ser mantido, abandonado ou modificado.
Estudar, de acordo com Paulo
Pozzebon, “[...] é empreender um trabalho intelectual sistemático, voltado, em primeiro
lugar, para a aquisição de informações e para a construção de conhecimentos
[...]” (2004, p.35).
Para ele apropriar-se de umas
informação significaria:
-
Analisar o seu conteúdo
-
Compreender o seu significado
-
Procurar meios de verificar a sua veracidade
-
Relacioná-la com conhecimentos anteriores
-. Memorizá-la (2004, p.35 –36)
De modo que estudar não é uma
atitude passiva de absorver informações. Estudar um texto significa lê-lo,
compreendê-lo, mas também questioná-lo e refletir sobre o seu conteúdo (2004,
p.36)
O Estudo no curso superior
- Diferenças entre o curso superior e os cursos de
primeiro e segundo graus.
Heterogeneidade das turmas
Disciplina e liberdade
Grau de maturidade das turmas
Acompanhamento dos professores
Relação com o futuro profissional
-A liberdade existente na
universidade pode provocar uma sensação de descompromisso de despreocupação em
parcela dos estudantes
Presença nas aulas (faltas, saídas)
Não realização de leituras e
atividades
Não participação nos trabalhos em
grupos
Não participação nas palestras,
debates, seminários
Desatenção e não participação nas
aulas
Deixar o estudo para as vésperas
das provas
- Estudantes na universidade
responsabilidade
em suas decisões
consciência
da relação do estudo com o sucesso profissional
autodisciplina
maturidade
obtenção
e uso eficiente do tempo
eficiência
nos estudos
Para Severino, o ensino superior
coloca novas exigências para o estudante, sendo necessário assumir prontamente
essa nova situação e tomar medidas apropriadas para enfrentá-la . De forma que suas posturas de estudo devem
mudar radicalmente:
Ter
uma postura de auto-atividades didáticas
Dominar
e usar os instrumento de trabalho [de estudo]
que devem ficar ao alcance
de suas mãos (1993, p.21-22)
Usar
eficientemente o tempo de estudo
-
Estudo
-
Aulas
-
Atividades individuais
Atividades em
grupo
Seminários,
congressos, palestras
Atividades de
campo e laboratório
Rendimento nos estudos
Aspectos
pessoais
Aspectos psicológicos
Aspectos
ambientais
Aspectos
sócio-economicos
Método
de estudo
Duas pessoas com mesmo nível
cultural, e mesmo grau de escolaridade podem apresentar rendimentos nos estudos
diferentes dependendo do método de estudo que utilizam
Método é diferente de técnica
Método significa estratégia
geral (exemplo – time defensivo ou
ofensivo)
Técnica significa tática (exemplo
– utilizar 5 atacantes, uso de libero)
Papel da motivação
Mentalidade aberta, critica e
arejada
A Questão do tempo para estudar
Não é possível cursar
universidade sem estudar
Estudo requer tempo
Como conseguir tempo para estudar
Atividades
essenciais, atividades acessórias
Utilizar
o tempo de algumas atividades acessórias
Utilizar
brechas entre atividades essenciais
Manter atividades de descanso,
desconcentrarão, vida familiar, vida social, vida afetiva.
Descansar, dormir bem é
importante para o rendimento nos estudos
Programação do tempo de estudo
Intercalar
períodos de estudo com descanso
Tempo
ideal de estudo (varia com as pessoas e tipo de conteúdo estudado)
Evitar
exageros (“virada de noite”, uso de estimulantes e drogas)
Estudo
exige concentração e reflexão
Atividade
diária
Concentração
no estudo é obtida com treinamento e costume
A
perseverança
A
persistência (seguir a programação de estudo, não desaminar)
O
habito
Exemplos do uso do tempo
30 minutos pôr dia ->
3,5 horas semanais -> 14 horas
mensais
Uso de textos sublinhados, de
apontamentos
As aulas
As aulas constituem o tempo mais
precioso que conta o estudante
4,0 horas dia -> 20 horas
semanais -> 80 horas mensais
Preconceitos em relação a
disciplina, ao conteúdo, ao professor, linhas teóricas
Cuidado com os outros ( que já
sabem, despreocupados)
Relação professor X estudante
Silêncio interior (concentração, acompanhamento)
Silêncio exterior (participação,
tirar dúvidas)
Respeito aos colegas
Apontamentos
Preparo prévio (fazer as leituras
previstas)
Participação, tirar duvidas
Revisão das aulas
Revisões periódicas
(globalizadoras)
Estudo individual
Programa e estudo
(planejamento)
Matérias que gosta e que não
gosta (ver qual vai estudar primeiro)
Bibliografia da disciplina
Interesse pessoal, motivação
Outras atividades
Programa de iniciação Cientifica
Bolsista
Colaborador
Seminários, semanas cientificas,
congressos e Encontros científicos
Atividades culturais e lúdicas
Trabalho em grupo
Convívio com os colegas
Troca
de idéias
Respeito
as diferenças
Uso eficiente dos
instrumentos de estudo [no texto Severino chama de instrumento de trabalho]
Papel dos instrumentos de estudo
na preparação do estudante (embasamento teórico, complementaridade as aulas e
demais atividades). [o embasamento teórico, é dado pelos estudos, é uma das
condições básicas para se exercer conscientemente a profissão]
Instrumentos de estudo
Textos
básicos (manuais, fotocopias de textos, apostilhas)
[cuidado
com as limitações causadas pelo uso de um texto único]
Dicionário
comum e especializados
Textos
especializados
revistas especializadas da área
revistas especializadas das áreas complementares
caderno
de anotações ( das aulas, debates, seminários, conferencias)
fichas
de documentação ( apontamentos escritos em fichas ou em outros lugares)
observações
- Dicionário comum e especializados, atualmente
podem ser substituídos parcialmente pela Internet
- o caderno de anotações e as fichas de
documentação podem serem substituídos pelo notebook
Papel da Biblioteca pessoal
Papel das bibliotecas publicas e
universitárias
Papel da Internet
A bibliografia básica e
complementar dos Planos de Ensino
Método Prático de Estudo Individual (GALLIANO, 1986, p.65 – 68)
Método proposto por Clifford
Morgan e James Deese, para melhorar o rendimento nos estudos, nos estudantes
com baixo rendimento ou que desejam melhorar o rendimento nos estudos.
Survey – Q 3R
Que em Português tem a seguinte
configuração.
Examinar - PL 2R
[estudar]
P – perguntar
L – ler
2 R – repetir a leitura; rever o
que leu
-
Seqüência do Estudo Individual
1 – Antes de ler o texto, fazer
as seguintes perguntas: [se for um texto longo, definir o trecho a ser lido]
De
que trata o texto
O
que já sei sobre o assunto do texto
[ Isto faz um “aquecimento
inicial” que aumenta a concentração e o interesse na leitura]
2 – Leitura rápida do texto,
procurando captar a idéia geral ou o plano da obra
[ o mesmo que a primeira leitura
proposto pela Leitura de Estudo]
De posse da ideia geral, procurar estabelecer uma
relação entre o que acabou de ler e o que sabe sobre o assunto.
Reunir informações sobre o autor
[e sua obra caso veja a necessidade]
3 – (primeiro “R”) Repetir a leitura do
texto [Segunda leitura na proposta de
Leitura de Estudo]
Faça uma leitura reflexiva [e
minuciosa]
Atenção voltada para os trechos que considera importante e
que destacam o pensamento do autor; os detalhes mais significativos; os
elementos utilizados pelo autor para desenvolver suas considerações e sua exposição do texto
Assinale os pontos importantes do
texto [sublinhamento]
Se surgirem duvidas de
compreensão do texto [palavras e fatos desconhecidos] consulte dicionários,
enciclopédias [e Internet]
Refletir sobre os pontos de vista
do autor{suas idéias} e os seus
Se o texto for interessante
[necessário para seus estudos e objetivos] faça apontamentos [lembre-se das
limitações da memória]
Se o texto for longo e a sua
leitura for de trecho a trecho do mesmo, faça os mesmos encaminhamentos para a
leitura dos demais trechos.
A medida que fizer a leitura dos
demais trechos do texto, relacione os mesmos entre si .
4 – [segundo “R”) Rever o que se
leu.
De pois de Ter lido e feito o
apontamento de todo o texto, reveja suas anotações confrontando-as com o texto
lido
Repita, se possível em voz alta,
o que aprendeu na leitura [conteúdo mais importante do texto], valendo-se do
plano da obra e de seus apontamentos
Comente e discuta o que leu com
outras pessoas que também leram o texto.
Bibliografia
GALLIANO, A Guilherme. O método Cientifico: Teoria e Prática.. São Paulo : Harbra, 1986.
POZZEBON, Paulo Moacir (Org.). Mínima Metodológica. Campinas: Alínea, 2004.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 19. ed. São Paulo: Cortez, 1993.